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quinta-feira, 9 de abril de 2009

Páscoa no Minho



O Minho é uma região rica em costumes e tradições. A visita pascal, vulgo compasso, é uma das Festas mais marcantes. Bem cedo, em cada aldeia estoiram foguetes, tocam os sinos e sai a visita Pascal que percorre todas as casas que abrem as portas ao compasso. É bonito de se ver! Vizinhos e amigos apressam-se a desejar as "Boas Festas" ao dono e ao pessoal das casas: Boas Festas! Aleluia! Aleluia!
Atapetam-se as ruas e os caminhos com flores. Grupos de pessoas correm de casa em casa, não esquecendo um vizinho, pobre ou rico, um amigo. É um reboliço! Há risadas e gritos. Beijos e abraços. Em cada casa põe-se uma farta mesa de iguarias, doces e salgadas, vinho do Porto, vinho corrente, e outras bebidas. Quando chega o compasso é o Pároco que saúda todos os presentes dizendo: "Paz a esta casa e a todos os seus habitantes, Aleluia", enquanto asperge com água benta a "sala grande" onde, por hábito, está colocada a "mesa".
Depois, o mordomo dá a cruz ornamentada a beijar ao dono que, depois de beijar a cruz, a dá a beijar aos presentes. O dono da casa ou a pessoa mais velha convida, então, o senhor Abade a sentar-se um bocadinho (que a caminhada é grande), oferecendo-lhe da "mesa" onde nada falta, desde o pão-de-ló até ao "sortido", passando pelo vinho da última colheita que graças a Deus, era de estalar … até ao vinho "fino", gerupiga ou algum licor conventual.
As pessoas abeiram-se, ordeiramente, da mesa e tudo come sem cerimónia, distinguindo, no entanto, o dono da casa, o pessoal do "compasso" a quem, depois, entrega o "folar" do senhor Abade (actualmente dinheiro num sobrescrito fechado) e outras esmolas para as Almas e o Senhor, não esquecendo, também, o folar do rapazio da campainha e da caldeira.
Por volta do meio-dia, recolhe o compasso à Igreja para os elementos que o compõem irem almoçar. No final, uma girândola de foguetes diz que o "almoço" já terminou e que o ritual vai continuar da parte de tarde, visitando os restantes lugares e casas da freguesia e é ver novos e velhos a gozar um belo Domingo que só regressa 12 meses depois. Bem no fim da visita organiza-se uma procissão de retorno à Igreja e aí é ver toda a gente a entoar cânticos religiosos.


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